“ Alerta Batalhão de Radiopatrulha
(...)”
Com a promulgação da constituição de
1946, a Força Pública passou a ser denominada Polícia Militar, encarregada de
exercer três atividades básicas: o policiamento militar preventivo, repressivo
e educativo.
A partir de 1955, foi criada, na
Capital de Minas, a Cia de Policiamento, anexa ao 1º BPM, no Bairro Santa
Efigênia. E, em 1957, o 5º BPM, situado no Bairro de Santa Tereza, passou a
lançar, diariamente, nas ruas da Capital, duplas de policiais militares que
foram denominadas de “Cosme e Damião”.
Incontinenti a essa época, foi
criado um grupamento motorizado, denominado Patrulha Volante. Com o decorrer
dos anos, a Patrulha Volante evoluiu para “Esquadrão Motorizado”. Este foi o
embrião do que seria no futuro o Batalhão de Rádio Patrulhamento - BRP, hoje
denominado 16º BPM. Atendia ocorrências em Belo Horizonte, tendo como
delimitação de área a parte interna da Avenida do Contorno.
O ano de 1969 foi um período divisor
para as missões de policiamento exercidas pelas Polícias Militares em todo o
Brasil.
Com a promulgação do Decreto 317, em
1967, que foi aperfeiçoado pelo Decreto 667, criaram-se as Inspetorias das
Polícias Militares, que introduziram mudanças no desempenho das missões
amparadas, ainda, pelo Decreto 1072. Esse Decreto havia extinguido todos os
outros órgãos de Policiamento Ostensivo, reconhecendo apenas uma polícia
fardada no Brasil, as “ Polícias Militares”.
Percebe-se que os decretos mencionados
deram caráter policial às Instituições Militares Estaduais que, a partir de
então, passaram a executar o policiamento ostensivo com exclusividade.
Cumpre aqui fazer um esclarecimento
acerca das “missões policiais”. A PMMG, desde sua criação, ainda em Vila Rica,
executava missões de policiamento ao escoltar o ouro que ia para o porto de
Paraty, no Rio de Janeiro. E, ao longo da sua história, no interior do estado,
executava policiamento nos rincões mais longínquos. Advém daí a verdadeira
origem do “Policiamento Comunitário”.
No início dos anos 70, Belo
Horizonte, embora jovem, já tinha saído das limitações da Avenida do Contorno, evidenciando,
de maneira tangível, o assustador crescimento populacional e físico da cidade.
Demonstrando, na prática, sua
vocação para zelar pelos interesses da sociedade, o Estado-Maior refez os
planejamentos de policiamento e criou um Batalhão exclusivo, para executar o
policiamento motorizado. Nascia, assim, o BRP, em 12 de dezembro de 1972, pelo
Decreto 15.048, de 16 de dezembro daquele ano. Seu primeiro Comandante foi o Cel PM Waldir Soares.
A área de responsabilidade abrangia
toda a região metropolitana de Belo Horizonte. Os oficiais e praças eram
escolhidos com rigor, fazendo história e ditando doutrinas de radiopatrulhamento
que serviriam, como servem até hoje, de base para as condutas operacionais da
Polícia Militar.
Onde estão aqueles valorosos
patrulheiros, Cel Vivaldo Leite de Brito(Bom Baiano), Cel BM Marcelo Leite de
Brito (filho), Cel Mozar, Cel Alves (Bojalo), Cel Sales (Xavante- pai e filho), Cel Ademir,
Cel Marcilio, Cel Fernando Alcântara, Cel Mauro Veloso, Cel Marco Aurélio, Cel Doro,
Cel Jaques, Cel Bicalho, Cel Moreira, Cel Aryone, Cel Wallace (Ten Boy),Cel
Garbaza, Cel Saraiva, Cel Eduardo Oliveira, Cel Jorge Dias, Cel BM Vinicius, Cel
Antônio Geraldo, Cel Wilson Gomes, Cel Couto, Cel Júlio César (Raposão) Cel Zé
Geraldo, Cel Benedito Timóteo, Cel Bahiense, Ten Cel Sinval, Ten Cel Marcusi, Ten
Cel Ailton (Barão), Ten Cel Aurélio, Ten Cel Alves (filho do Bojalo), Ten
Cel Helley (Haley),Ten Cel Isley, Maj
Waltinho, Maj Carlos (filho do Maj Waltinho), Maj Márcio Espitali, Maj Edson Araújo, Maj
Ednard, Maj Xávier, Cap Viana, Cap Adélio (Tião), Cap Landes , Cap Samuel, Cap
Antoniellini, Cap Expédito, Cap Otoni, Cap
Wellington, Ten Noé, Ten Alcenir, Ten Fernandez, Ten Viriato, Ten Jadir, Ten
José Secundino, Ten Santiago, Ten Fureaux, Ten Saulo de Tarso, Ten Assunção, Ten
Ivan, Ten São Joaquim (Capacete),Ten Rosário, Ten Walter, Ten Waldir, Ten
Geovanio ( Mestre), Ten Fernandes, Ten
Casal, Sub Ten Juracy, Sub Ten Pintinho,
Sub Ten Marcelino, Sub Ten José de Oliveira, Sub Ten Crismar, Sgt Geraldo Leôncio,
Sgt Raimundo Inocente, Sgt Vicente Secundino, Sgt Furtado, Sgt Valter, Sgt
Bahiense, Sgt Xexéu, Sgt Estanislau, Sgt Neto, Sgt José Carlos, Sgt Furtado, Sgt
Gusmão (pai e filho) Sgt Sena, Sgt
Napoleão, Sgt Pedrosa (pai e filho), Sgt Minoda,
Sgt Secundino (filho do Ten Secundino), Sgt Magela, Sgt Hélio, Sgt
Ramiro, Sgt Bahiense (primo do Cel Bahiense), Sgt Tarcísio, Sgt Fraga, Sgt
Bolivar, Sgt Almeida (SAT), Sgt Ailton (de Deus e o Garrafão), Sgt Márcio, Sgt Betão, Sgt Wesley e William (irmãos), Cb
Air Barbosa, Cb Cabana, Cb José Carlos
(Pateta), Cb Tião Soldado, Cb José Maria Papo Furado, família Brito (Zé Cueca),família
Barone, dentre outros, de tantos milicianos memoráveis e respeitados, que serviram tanto no BRP, quanto no 16 BPM?
Vale ressaltar, ainda, a relevância
da atuação de alguns dos memoráveis milicianos que tombaram no cumprimento do dever.
Há que se pedir vênia, não só aos
militares, mas aos familiares deles, por não constarem daqui os nomes de outros
bravos e respeitados milicianos que serviram na unidade aniversariante. O
motivo foi por desconhecimento deste narrador, ou por não terem vindo à memória
os ilustres nomes, quando lavrado este histórico. Contudo, fique declarados, na
oportunidade, todo o respeito e apreço que lhes são devidos.
No que tange aos servidores do BRP e
16º BPM, toda deferência, respeito, atenção e admiração é pouco, pelo muito que
fizeram pela nossa segurança. Muito contribuíram eles para que a PMMG - antes
respeitada pelos laços com o herói Tiradentes e a participação nas revoluções
de 1930, 1932 e 1964 - fosse respeitada pela eficiência e eficácia no policiamento
motorizado.
Na década de 80, com a rearticulação
das áreas de atuação operacional, extinguiu-se o BRP, criando-se o 16º BPM.
Ficou este Batalhão responsável por todo o policiamento da zona leste de Belo
Horizonte. Ainda nesta década foram criados o Batalhão de Choque, em 1980, e as
Cias Rotam, em 1981. As Cias ROTAM passaram a executar o policiamento
motorizado, recobrindo a malha protetora da RMBH, com maioria das praças que
haviam servido no BRP. São, portanto, as Cias ROTAM filhas da Unidade
aniversariante.
A história e as ações empreendidas
pelos bravos milicianos que integraram o BRP e o 16º BPM passaram de pai para
filho e, hoje, para os netos. Isso porque muitos dos integrantes que serviram e
servem no 16º BPM, cresceram ouvindo a história dos abnegados milicianos que
insculpiram um capítulo importante na história da PMMG. Eles são exemplos robustos e denotados para
todas as gerações. Como disse o General Romano Túlios Maximus: “o que fazemos
na vida ecoa pela eternidade”.
Quando um velho patrulheiro do BRP
ou 16º BPM adentrar a Unidade, o mínimo que se pode fazer para homenageá-lo é
estender-lhe um tapete vermelho. O valor desses servidores é um componente
incomparável para a grandeza profissional da manutenção da ordem pública.
Nas comemorações dos quarenta e
cinco anos do 16º BPM, atualmente comandado pelo Cel Welerson, os bravos
profissionais que, com ações simples de socorrer a sociedade nos momentos mais
cruciais, resolveram situações deveras complexas, merecem não só os cumprimentos
de todos os habitantes das Alterosas, mas um sincero e entusiástico muito
obrigado!
Muito
obrigado bravos patrulheiros, em serviço vocês fizeram o melhor que puderam,
seus feitos estão insculpidos para sempre na história.
Flávio
Augusto, Cel PM QOR
Professor
de História da PMMG
Membro
da Academia Medalhística Militar – Cadeira 06 Patrono Joaquim José da Silva
Xavier (Tiradentes)
Membro
da Academia de Letras João Guimarães Rosa - Cadeira 19 Patrono Poeta Escritor
Jésu Carmelita de Miranda
Excelente matéria, mas há oficiais que não fizeram parte do BRP. Quero dizer com isso que há oficiais de mais e praças de menos. Vale ressaltar que foram os praças que deram valor ao BRP. São eles que "colocaram as mãos na massa". Quanto cita-se nomes pode ocorrer injustiças, pois, ode entrar um vasto e não entrar quem deveria. Fora isso, repito, Excelente matéria. Parabéns.
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